18 de maio: Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças
Nesta segunda-feira, 18 de maio, foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data é o marco para a discussão de um assunto muitas vezes ignorado pela sociedade, visto as poucas denúncias que chegam até os órgãos competentes. Em Itarana não é diferente. O Conselho Tutelar do município, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social, contabiliza desde 2012 apenas 10 casos denunciados.
Segundo a servidora do órgão, Mariângela Zanon, apesar de a denúncia ser anônima, na maioria dos casos os órgãos de proteção não são acionados. Ela acredita que isso acontece por medo de represálias do abusador, por vergonha do fato ou por desconhecimento da legislação vigente.
“Na maioria das vezes, o abusador ou explorador é uma pessoa muito próxima à família, ou até mesmo um membro da família. Já cuidamos de casos em que o próprio pai abusava dos filhos”, explica Mariângela.
A ausência das denúncias ou o fato de em alguns casos os pais não acreditarem no relato dos filhos, ou não desconfiarem da violência, faz com que o abuso continue sem que as vítimas recebam ajuda.
A psicóloga, Juliana Barcellos, explica que uma criança ou adolescente vítima de abuso sexual poderá sofrer sérias consequências futuras, que envolvem principalmente aspectos psicológicos. Entre essas consequências ela destaca a incapacidade de superar o fato vivido, transtorno de ansiedade, fobias, sintomas depressivos e agressivos e a dificuldade em relacionamentos interpessoais.
A psicóloga ainda ressalta que a violência sexual não se caracteriza apenas pelo ato físico, e também pode ocorrer através de gestos e palavras, por exemplo. “ O diálogo com os filhos é indispensável no combate a violência sexual. Os pais devem ficar sempre atentos ao comportamento das crianças e dos adolescentes e denunciar quando for o caso”, alerta Juliana.
As denúncias podem ser feitas para o Conselho Tutelar pelos telefones (27) 3720-1369 e (27) 99977-4476, nas Delegacias de Polícia, ou através do Disque 100. Denunciando os criminosos evita-se que o abuso continue, ou que outras crianças e adolescentes sejam vítimas da violência sexual. A identidade de quem denuncia é mantida em sigilo.
Não esqueça!
O abuso sexual é comum e silencioso:
- Pode ou não deixar provas físicas;
- Não depende do nível socioeconômico ou cultural;
- Pode ocorrer fora ou dentro de casa;
- Pode ocorrer apenas uma única vez ou diversas vezes, em episódios recorrentes e rotineiros, durante anos, sem que haja a revelação do fato perante os outros;
- Pode prejudicar seriamente a criança ou adolescente em seu desenvolvimento emocional, cognitivo e comportamental, particularmente no caso do incesto (abuso sexual intrafamiliar);
- Se acontecer, a vítima que é compreendida neste momento apresentará mais facilidade em expressar-se e em lidar com essas situações.
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19
Mai,
2015
Por: PMI
Última modificação em
19/05/2015
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